O Jejum intermitente é sempre um tema controverso … uns amam outros criticam, mas não é um tema novo (Basta-nos pensar que no Cristianismo e no Islamismo é uma prática milenar). A diferença é que nos últimos anos "está na moda"… Mas afinal, o que nos diz a ciência?
O que é o Jejum intermitente ?
De forma muito simples, é um padrão alimentar em que as pessoas passam longos períodos de tempo não comendo/bebendo ou comendo muito pouco, intercalando com períodos de ingestão alimentar “normal”.
Existem várias estratégias para realizar Jejum intermitente:
1. Limitar o número de horas para a pessoa comer a 8-10 horas/dia, alguns dias da semana (ex: 1º refeição do dia às 10h e a última às 18h).
2. Restrição energética >60% 2-3 dias/semana (isso significa... 500-750 kcal por dia):
ex: Peq. almoço: 1 iogurte magro + 1 peça de fruta média; almoço: 1 sopa de legumes (só com legumes, sem azeite) com 1 ovo cozido); lanche da tarde: 1 fatia de queijo magro e 1 gelatina sem açúcar; jantar: uma salada com alface, pepino, cenoura e ½ tomate, temperada com vinagre e 1 lata de atum ao natural. Uma maravilha não? XD
O Jejum intermitente emagrece?
Sim, os estudos referem que esta estratégia é tão eficaz quanto a estratégia de restrição alimentar contínua (isto é, comer um bocadinho menos que o seu corpo precisa, todos os dias – estratégia utilizada pela maioria dos nutricionistas);
Existem benefícios para o nosso corpo em fazer Jejum intermitente?
Sim, diminuição da inflamação, diminuição da resistência à insulina, melhoria na hipertensão, diminuição da resistência à insulina, aumento da resistência ao stress neuronal e por isso, prevenção do aparecimento de doenças como o Alzheimer e Parkinson.
Apesar das evidências comprovadas dos benefícios à saúde do JI e de sua aplicabilidade a muitas doenças, lembro-lhe que não existem evidências a longo prazo e que existem critérios para aplicar esta estratégia:
nem todo o pacientes adapta-se a esta estratégia (aumento da fome, dores de cabeça, muita irritabilidade e uma diminuição na capacidade em se concentrar), e mesmo nos que se adaptam, é preciso analisar se o momento em que esta estratégia é aplicada favorece a adesão! Isto porque a adesão é, e sempre deve ser, o maior objetivo!
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